Semente de Maconha: conheça o grão da vida 

semente de maconha cânhamo APEPI

A cannabis possui um universo de possibilidades. As flores da maconha são ricas em fitocanabinoides, terpenos e flavonoides, que ajudam a nossa saúde. Já as folhas da cannabis ajudam o crescimento e o desenvolvimento da planta e servem como base para produtos de cânhamo industrial. Até mesmo o caule lenhoso da planta pode ter muitas utilidades, como na produção de tijolos de cânhamo. Contudo, a origem de tudo isso está na semente da maconha. Este grão não só faz nascer a planta, como também carrega consigo muitos nutrientes.  

A semente de maconha pode ser uma aliada da saúde, assim como uma fonte de recursos naturais para a indústria. Venha conhecer o grão e suas diversas possibilidades: 

Como surge e como é a semente da maconha? 

As sementes da cannabis surgem a partir do processo de polinização das inflorescências das plantas-fêmeas pelo pólen produzido pela planta masculina. A maturação completa da semente pode levar cerca de 4 a 6 semanas após a fecundação. Neste estágio, as sementes adquirem uma coloração marrom ou cinza, tornando-se aptas à germinação. 

Do ponto de vista biológico, o que conhecemos como semente da maconha é, na verdade, o seu fruto, um aquênio. Aquênio é um tipo de fruto seco e indeiscente, que não se abre espontaneamente. Em seu interior contém a estrutura da semente. O exemplo mais conhecido de aquênio é o grão de girassol. Este aquênio carrega consigo uma série de nutrientes fundamentais para a planta. Por isso, ele possui diversos modos de utilização

Sementes de maconha na alimentação 

A semente da maconha é rica em importantes nutrientes alimentares. Por isso, pode ser um alimento funcional ou dar origem a suplementos alimentares. O perfil nutricional da semente da cannabis é equilibrado. Entre 25% e 30% da semente é formada por proteínas. Dessa forma, ela pode ser utilizada para produzir um suplemento proteico, conhecido como whey protein de maconha. Esta é uma fonte de proteína vegana de alto valor biológico. 

Além disso, a semente é rica em ácidos graxos, como o ácido linoleico (ômega-6) e o ácido alfa-linolênico (ômega-3). Também é uma importante fonte de fibras alimentares, vitaminas e minerais, como magnésio, fósforo, potássio, ferro, zinco e vitaminas do complexo B. Em síntese, a semente da maconha descascada em uma porção de 100 gramas fornece cerca de 586 kcal de energia

Dessa forma, a semente pode ser usada como farinha, enriquecendo o preparo de massas e pães ou em saladas, sucos, vitaminas e pratos quentes, realçando o sabor ou enfeitando receitas. Já o óleo da semente da cannabis pode servir como um tempero semelhante ao azeite de oliva. A semente também possui uso para a produção de ração para diversas espécies animais. 

Uso industrial da semente de cânhamo 

No geral, tipos de maconha com baixo teor de tetrahidrocanabinol (THC) são conhecidos como cânhamo ou cânhamo industrial. Estas variedades ou quimiotipos são cultivadas para fins industriais. Seja para a produção de óleos de cannabis à base de canabidiol (CBD), seja para outros usos industriais. Nesse sentido, as sementes da planta são de extrema relevância. 

Além da alimentação, o óleo da semente de maconha é usado para produzir cosméticos, como cremes e loções hidratantes. Do mesmo modo, a versatilidade do óleo do cânhamo permite a produção de biocombustíveis, como o biodiesel. O óleo pode substituir o diesel derivado do petróleo, assim como reduzir o seu uso direto. Dessa forma, ajuda a reduzir a dependência do combustível fóssil. Estudos sugerem que o biodiesel de cânhamo mantém a eficiência dos motores com potencial de emissão de gases poluentes em comparação ao diesel do petróleo. 

A semente da cannabis mostra como a planta pode ser uma fonte de insumos sustentáveis. Conhecer os benefícios da maconha nos faz refletir sobre o preconceito contra uma planta e reforça a importância de mudanças na legislação. A cannabis pode nos ajudar a construir um futuro mais justo para as pessoas e o meio ambiente. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Todos os direitos reservados à Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal (APEPI)

R. Visc. de Caravelas, 20 Botafogo, Rio de Janeiro – RJ, 22271-022
CNPJ: 24.436.817/0001-75