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Quais são os tipos de Cannabis?

A Cannabis é uma planta que desperta muita curiosidade. E não seria para menos. Apesar de todo o preconceito e o proibicionismo, ela segue mudando vidas e levando saúde. Afinal, os benefícios dos canabinoides, como o canabidiol (CBD), o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG) são cada vez mais conhecidos pela medicina endocanabinoide. Mas então, toda planta é igual? Para explicar mais sobre os diversos tipos de Cannabis, preparamos este pequeno guia: 

Os tipos de Cannabis: Sativa, Indica e Ruderalis 

De acordo com a classificação biológica, a maconha pertence à família Cannabaceae e ao gênero Cannabis. Esse gênero é monotípico, portanto, possui uma única espécie, chamada Cannabis sativa L. A sigla L. é uma referência a Carolus Linnaeus, botânico sueco que descreveu a planta em 1753. 

Embora dentro do gênero Cannabis não haja uma divisão, há diferenças de linhagens que são classificadas com base em características botânicas, químicas e genéticas. Assim, os tipos de Cannabis são constantemente classificados pela taxonomia em três categorias principais: Cannabis sativa sativa, Cannabis sativa índica e Cannabis sativa ruderalis

O que é a Cannabis sativa sativa

Geralmente são classificadas como subespécie sativa as plantas que apresentam maior teor de THC, em proporções próximas ao do CBD. Outra característica dessas plantas é que elas costumam apresentar plantas mais altas, com caule e folhas mais finas e compridas. 

Para fins medicinais, as Cannabis da subespécie sativa costumam ser utilizadas para obter os benefícios do THC para a saúde, como propriedades analgésica, antiemética e anti-inflamatória. Do mesmo modo, a combinação entre o CBD e o THC possui importantes aplicações, devido ao efeito sinérgico dos canabinoides. 

O que é a Cannabis sativa indica

A subespécie indica recebe este nome porque a sua origem mais provável é regiões montanhosas do subcontinente indiano, região peninsular do sul da Ásia. Do ponto de vista da botânica, as plantas da subespécie indica costumam ser mais baixas, robustas, com folhas largas e mais densas. 

Já o perfil dos canabinoides, costuma ser marcado por predominância do CBD ou de equilíbrio entre o THC e o CBD. Estas proporções podem variar de acordo com condições de cultivo. Portanto, o uso terapêutico dessas plantas pode ser indicado para o tratamento de dor crônica, insônia, ansiedade e espasmos musculares

O que é a Cannabis sativa ruderalis

A subespécie ruderalis é naturalmente originária das regiões frias da Rússia e Europa Central. Suas características botânicas mais comuns são plantas pequenas, de crescimento rápido, e folhas menores e menos ramificadas. 

A Cannabis ruderalis costuma apresentar baixíssimo teor de THC. Ao mesmo tempo, alguns quimiotipos dessa subespécie podem apresentar concentrações moderadas de canabidiol. Embora possa ter pouco valor medicinal, esta variedade pode ser utilizada para produzir materiais com o cânhamo indutrial, que vão desde materiais de construção, a tecidos e até o whey protein de maconha

Contudo, devemos pontuar que a divisão em sativa, indica e ruderalis tem raízes na botânica tradicional e na cultura popular. No entanto, estudos genéticos recentes mostram que a classificação baseada apenas na morfologia ou nos efeitos não reflete com precisão a diversidade química e genética da planta.  

Do ponto de vista da biologia, atualmente o termo mais correto para classificar as subespécies ou variantes é quimiovares ou quimiotipos. Esta classificação analisa a planta com base no perfil de canabinoides e terpenos.

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