Rio recebe Festival Internacional de Cinema de Cannabis com apoio da APEPI 

Festival Internacional de Cinema Canábico APEPI

Cannabis também é cultura. Por isso, para vencer o preconceito contra a planta, é fundamental conhecermos as tantas histórias por trás do assunto. Com este objetivo, o Festival Internacional de Cinema de Cannabis chega a mais uma edição, realizada entre os dias 20 e 24 de outubro. O evento, criado em 2019, já contou com edições no Chile, Argentina e Uruguai. Agora será sediado pela primeira vez no Rio de Janeiro. As atividades principais do evento serão realizadas no Centro Cultural da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (COART/Uerj). Além disso, a Casa APEPI, em Botafogo, será palco de uma das atividades, na quinta-feira (23).  

Ao todo, o festival apresentará mais de 40 obras de 15 países. O FICC surgiu da necessidade de ampliar perspectivas culturais a partir de uma visão socialmente comprometida com o tema da cannabis por meio do audiovisual como uma poderosa ferramenta de transformação social, geradora de conscientização, reflexão e comportamento. O FICC conta com apoio ouro da APEPI, que sediará a exibição do documentário ‘Queimando Fronteiras’ (2025), de Leonardo Baggio. 

Sobre o Festival Internacional de Cinema de Cannabis 

Consolidado após cinco edições em Buenos Aires, quatro em Montevidéu e três no Chile, o FICC desembarca no Brasil com a missão de ampliar perspectivas e quebrar preconceitos por meio da arte e da cultura. A programação é vasta e inclui uma mostra competitiva com mais de 40 filmes de 15 países, abrangendo ficções, documentários, animações e videoclipes. 

Os organizadores apontam como o grande destaque desta edição o lançamento nacional, em sessão única, do documentário ‘Cheech & Chong’s – Last Movie’ (2025). Dirigido por David Bushell, o filme é a despedida da icônica dupla de comediantes que se tornou um símbolo da cultura canábica mundial. O documentário promete uma jornada reveladora e hilária pela carreira de Cheech Marin e Tommy Chong, que mantiveram sua relevância na cultura pop por mais de 50 anos como os maconheiros mais famosos do mundo. A sessão especial está programada para o dia 22 de outubro, quarta-feira, às 21h no Estação NET Rio, em Botafogo. 

A competição oficial do FICC contará com 24 filmes, divididos em quatro categorias principais: longa-metragem de Ficção (4 filmes); longa-metragem de documentário (4 filmes); curta-metragem acima de 5 minutos (8 filmes); curta-metragem até 5 minutos (8 filmes). Além dos prêmios para cada categoria, definidos por um júri especializado, haverá um quinto prêmio para o Melhor Filme escolhido pelo voto popular. 

Além dos filmes, o festival promoverá uma série de mesas de debates com especialistas, ativistas e produtores culturais, focadas em cinema, cultura, ativismo e educação. A programação formativa inclui oficinas de produção de conteúdo, criação de fanzines e roteiro para projetos audiovisuais. O festival também oferecerá um espaço literário, uma exposição de arte e uma área de experiências interativas, equipada com jogos, óculos de realidade virtual.  

As exibições, gratuitas e diárias, acontecerão no auditório Cartola, no Centro Cultural da UERJ, no Campus Maracanã da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. De segunda a quarta-feira, o cinema Estação NET Rio, em Botafogo, receberá sessões especiais noturnas, às 21h (com bilheteria). Na quinta-feira, a sessão noturna será na Casa Apepi, em Botafogo. Na sexta-feira (24), o evento encerra com premiações, atrações culturais com bloco Planta na Mente e festa de encerramento na praça Maracanã. 

Exibição da FICC na Casa APEPI  

A Casa APEPI abrirá as suas portas para o Festival Internacional de Cinema de Cannabis. Na quinta-feira (23), às 21h a exibição do documentário ‘Queimando Fronteiras’ (2025), de Leonardo Baggio. O filme tem como ponto de partida o processo de legalização do auto cultivo de maconha na Argentina, em 2020. Nesse sentido, de forma independente, a obra ouve pessoas fundamentais no processo de regulamentação da maconha no país para entender os impactos do fim da ilegalidade sobre milhares de mães, pacientes e usuários.  

Entre os ouvidos está a deputada argentina Carolina Gaillard, uma das responsáveis pelas leis da cannabis no país. De modo geral, mais de 30 entrevistas ajudam a entender o cenário naquele país e como essa experiência pode servir de exemplo para o Brasil e toda a américa latina. O filme vem sendo bem aclamado pela crítica desde o lançamento. Filme vencedor do prêmio de Melhor Filme pela Escolha do Público na edição de Buenos Aires do FICC, em fevereiro de 2025. 

Filme sobre Sofia Langenbach foi premiado no FICC Buenos Aires 

Na edição de fevereiro de 2025 do Festival Internacional de Cinema de Cannabis, o documentário “O Outro Mundo de Sofia” (2023), de Raphael Erichsen recebeu o prêmio de melhor filme por escolha do júri. A película acompanha a trajetória de Sofia e seus pais, Margarete Brito e Marcos Langenbach, fundadores da APEPI, na luta para garantir o tratamento medicinal com Cannabis no Brasil.  

A produção expõe os desafios enfrentados pela família, desde barreiras legais até o preconceito, mostrando como o caso de Sofia abriu caminhos para outros pacientes que precisam da cannabis medicinal. O documentário também conta com depoimentos de especialistas, como o neurocientista e biólogo Sidarta Ribeiro, e ativistas como o deputado federal e pastor Henrique Vieira. 

O Festival Internacional de Cinema de Cannabis é uma oportunidade única para debatermos o universo da cannabis, superando os preconceitos sobre a planta. Superarmos os estigmas é uma etapa crucial para reverter legislações arcaicas e que não refletem a realidade sobre a maconha. Debater sobre a cannabis é, sobretudo, debater sobre saúde. 

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