Conheça os tricomas da cannabis 

Cannabis Tricomas

A cannabis é uma planta extremamente versátil. São centenas de compostos bioativos que formam os componentes da planta. Atualmente, conhecemos os benefícios terapêuticos dos fitocanabinoides, como o canabidiol (CBD), o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG). Do mesmo modo, a ciência já comprovou também a importância dos terpenos e flavonoides, além das sementes da maconha. Contudo, há também um outro grupo de componentes igualmente importantes para a cannabis e para a nossa saúde. Esses são os tricomas da cannabis, estruturas microscópicas que estão no caule, flores e folhas da maconha. Os tricomas ajudam a dar origem aos compostos mais importantes da cannabis. Saiba mais: 

O que são tricomas? 

Tricomas são pequenos relevos extremamente finos presentes não só em plantas, como também em algas, líquens e certos protistas. O nome tricoma vem do grego e significa “cabelo” ou “pelo”, o que ajuda a demonstrar a pequena espessura dos tricomas. De modo geral, os tricomas exercem funções fundamentais de proteção e adaptação fisiológica. 

Os tricomas atuam na proteção contra predadores, atração de polinizadores, redução da perda de água, proteção contra radiação ultravioleta e temperaturas extremas, entre outros. Na cannabis, os tricomas são estruturas microscópicas que desempenham um papel essencial na produção dos canabinoides, terpenos e flavonoides. 

Quais são os tipos de tricomas da cannabis? 

Os tricomas da cannabis são estruturas que não podem ser observadas a olho nu. Por isso, a identificação dos diferentes tipos de tricomas só pode ser feita quando observados com um microscópio. Dessa forma, os cientistas dividem os tricomas em tricomas glandulares e tricomas não glandulares.  

Tricomas glandulares são as estruturas nas quais a resina da cannabis é produzida e armazenada. Eles estão presentes, sobretudo, nas inflorescências das plantas fêmeas. No entanto, também estão presentes nas folhas da cannabis e, ocasionalmente, nos caules de plantas mais jovens. As folhas da maconha com tricomas são conhecidas como folhas de açúcar, pois a resina dos tricomas forma uma leve camada branca. As folhas de maconha com tricomas costumam ter melhor perfil de canabinoides, enquanto nas outras este valor é quase nulo.  

Já os tricomas não glandulares ocorrem, principalmente, no interior das folhas da cannabis, bem como nas brácteas e bractéolas. Os tricomas não glandulares são estruturas numerosas, unicelulares, rígidos e curvados, com um ápice fino e pontiagudo.   

Os tricomas são usados para fins medicinais? 

Além da função crucial para a proteção da planta, os tricomas também possuem importante valor terapêutico. Isto porque os tricomas ajudam a desenvolver os canabinoides, terpenos e flavonoides, que possuem comprovado valor para nossa saúde. Os fitocanabinoides concentrados na resina dos tricomas dá origem ao extrato de cannabis.  

Este extrato bruto é o insumo principal dos remédios à base de cannabis, como os óleos de cannabis ou a pomada de CBD para uso tópico. Outras formas de uso da cannabis, como a produção de cosméticos com canabinoides também conta com a produção à base da resina produzida pelos tricomas. Por possuir altas concentrações de canabinoides, os tricomas são a base para a produção de concentrados de maconha, como haxixe, kief, dry sift e resinas.  

Estas são formas de uso conhecidas como uso adulto e responsável da cannabis. Em linha gerais, os tricomas da cannabis são estruturas que garantem a proteção da planta, influenciam sua potência química e sustentam seu valor medicinal e econômico. Compreender seus tipos, funções e composição é fundamental para o cultivo qualificado e para o desenvolvimento de produtos derivados de alta qualidade. 

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