A medicina endocanabinoide é um dos ramos de conhecimento que mais cresceram nas últimas décadas. Embora os benefícios da cannabis sejam conhecidos há séculos por diversas culturas, apenas recentemente ela abraçada pela ciência moderna. Sem dúvida, uma das grandes ferramentas para entender o potencial da maconha para a saúde foi a descoberta do sistema endocanabinoide. Além de receptores que acolhem os canabinoides e ativam funções metabólicas, a outra parte crucial do sistema endocanabinoide são os canabinoides endógenos. Conheça mais sobre os endocanabinoides:
Endocanabinoides ou canabinoides endógenos
Os canabinoides endógenos são moléculas produzidas pelo próprio organismo e estruturalmente semelhantes aos fitocanabinoides, os canabinoides produzidos pela planta cannabis. Portanto, os endocanabinoides se assemelham em estrutura e função a substâncias como o canabidiol (CBD), o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG).
Os endocanabinoides mais conhecidos e documentados pela ciência são a anandamida e 2-araquidonoilglicerol (2-AG). Os endocanabinoides são moléculas produzidas sob demanda nas membranas celulares. Elas são produzidas quando há necessidade e depois degradados por enzimas específicas. Dessa forma, um dos efeitos principais da terapia canabinoide é estimular a ativação do sistema endocanabinoide por meio da interação dos receptores com os fitocanabinoides.
Receptores endocanabinoides: o outro lado do sistema endocanabinoide
Os receptores endocanabinoides são receptores celulares presentes em diversos tecidos humanos. Eles estão presentes na superfície das células em diversas partes do corpo. Podemos estes receptores são divididos em CB1 e CB2. Os receptores CB1 são encontrados principalmente no cérebro e sistema nervoso central e regulam funções como a coordenação, memória, humor e percepção da dor. Já os receptores CB2 estão presentes principalmente no sistema imunológico e nos tecidos periféricos, por isso estão mais envolvidos na resposta imune e anti-inflamatórias.





