10 anos de saúde: Cannabis como tratamento medicinal viável 

O tratamento medicinal com uso de Cannabis tem avançado rapidamente com estudos científicos de instituições renomadas comprovando a eficácia para diversos tipos de patologia como fibromialgia, epilepsia, transtornos de ansiedade, doenças degenerativas, entre outras. No Brasil, estima-se que quase 500 mil pessoas já utilizam a Cannabis para fins medicinais e este campo está em constante crescimento. Há dez anos, a Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis – APEPI atua na promoção da democratização do acesso às terapias com maconha.  

Como exemplo de indicações da eficácia do tratamento Cannabis, médicos e cientistas brasileiros publicaram um mapeamento que reúne evidências científicas dos diversos benefícios para tratamento de mais de 20 quadros de saúde. O “Mapa de Evidências sobre a Efetividade da Cannabis Medicinal” compila uma análise minuciosa de 194 estudos realizados no Brasil e no exterior, verificando o nível de confiança e qualidade das pesquisas publicadas. 

Além dos estudos científicos atestando a eficácia da maconha em diversos tratamentos, encontra-se diversos relatos de experiência bem-sucedida de pacientes. Inclusive, muitos associados da APEPI confirmam a melhora dos sintomas com a Cannabis para fins medicinais. 

Como a maconha atua para tratamento de saúde 

A maconha é uma planta rica em diferentes substâncias que, quando bem balanceadas, possuem efeitos variados com potencial para tratar de forma específica diversas patologias. Essas substâncias são chamadas de canabinoides, eles interagem com o sistema endocanabinoide do corpo humano, regulando e equilibrando processos químicos em nosso organismo. Leia mais sobre o sistema endocanabinoide aqui. 

Entre os principais canabinoides estão o canabidiol (CBD), canabigerol (CBG) e o tetrahidrocanabinol (THC). Os dois primeiros ativos não possuem poder psicoativo, ou seja, não provoca alteração do estado de consciência do paciente. Já o THC além do efeito de relaxamento ele também possui outros benefícios aliados. O CBD tem sido o canabinoide mais estudado e aplicado para fins terapêuticos, contudo, o CBG também tem se mostrado muito promissor na aplicação médica.  

Entre os efeitos desencadeados pelos canabinoides estão: antibacteriano, anti-inflamatório, analgésico, neuroprotetor, ansiolítico, antiemético, estimulador de apetite, entre outros. Além dos efeitos de cada canabinoide, as substâncias combinadas ainda geram sinergia, o chamado efeito entourage, provocando a ação desejada.  

Contudo, o tratamento com Cannabis, como qualquer outra terapia médica também pode apresentar efeitos adversos e ou contraindicações. Apesar de não serem frequentes, mas os relatos de efeitos colaterais mais comuns são sonolência, tontura e enjoo. Por isso, é sempre necessário que o paciente realize o tratamento sob prescrição e acompanhamento médico e não faça automedicação. 

Como ter acesso às terapias com Cannabis 

Todo tratamento medicinal com Cannabis necessita de avaliação e prescrição médica. Portanto, o paciente iniciará seu tratamento após indicação profissional e deverá ter o acompanhamento ao longo da terapia. A indicação de uso medicinal da maconha deve ser realizada de modo personalizado e baseado no histórico do paciente. As prescrições podem variar conforme a necessidade. 

Desse modo, para garantir uma terapêutica ainda mais embasada cientificamente aos seus associados, a APEPI disponibiliza uma rede de médicos parceiros de várias especialidades que possuem formação para a prescrição medicinal da Cannabis. Os profissionais parceiros da APEPI possuem o conhecimento e experiência com o uso terapêutico da maconha. 

Após a prescrição, o paciente deverá comprar os produtos à base de Cannabis que sejam permitidos em território nacional. No Brasil, as medicações à base de Cannabis podem ser adquiridas por meio de importação dos produtos ou da compra de produtos produzidos nacionalmente, em sua maioria, por associações como a APEPI. Entre os produtos mais utilizados para os tratamentos médicos estão os óleos com administração oral, cápsulas e pomadas. 

Em geral, os produtos importados e nacionais possuem qualidade equivalente, contudo, o nacional oferta um acesso mais facilitado, por não envolver trâmite burocrático de importações, além de um preço muito mais competitivo.  

A APEPI possui o compromisso com seus associados em proporcionar produtos de alta qualidade com preços acessíveis, visto que associação luta pela democratização deste tratamento e não possui fins lucrativos. Todos os óleos produzidos pela APEPI possuem Certificado de Análise (COA) emitido pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, atestando de modo independente a qualidade e eficácia dos produtos. 

Assim, pode-se resumir que o tratamento médico com Cannabis é permitido por lei no Brasil, onde tem ganhado forte adesão. Atualmente a ciência comprovou a eficácia para diversas patologias. Desse modo, a terapia deve ser feita somente sob acompanhamento médico e de maneira personalizada. A APEPI indica que as pesquisas sobre o tema sejam feitas em portais confiáveis que se baseiam em evidências científicas e que, tanto quanto possível, consulte com médicos que possuam formação específica para a prescrição de Cannabis. 

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