Em setembro de 2023, a adesão de novos associados à APEPI foi suspensa devido à alta demanda pela dispensação dos óleos.
De lá pra cá, investimos em melhorias no cultivo e na infraestrutura da sede Campestre prevendo reabrir em março de 2024. Nesta edição da APEPI Entrevista, conversamos com o diretor da APEPI, Marcos Langenbach.
Confira abaixo o papo em que ele conta o que está sendo feito para garantir o tratamento dos nossos 8 mil associados e que nos possibilita, já em janeiro, anunciar a reabertura da associação para novos membros.
APEPI: Quais melhorias foram implementadas na infraestrutura e no cultivo da APEPI para atender à crescente demanda e garantir um fornecimento sustentável dos óleos para os associados?
Marcos: Fizemos o CACS – o Centro Avançado de Cultivo e Secagem, que vai permitir uma logística melhor, unindo todo o cultivo e secagem, além de ser um equipamento projetado para isso e não uma adaptação das casas, como era antes.
Trouxemos dois profissionais novos para a equipe, o coordenador de Cultivo Marcelo Pinhel e o Engenheiro agrônomo Matheus Fernandes que trouxeram um conhecim+ento e visão mais avançada sobre cultivo de Cannabis.
Mudamos também a estrutura de vega e flora, colocando todos os canteiros funcionando com lâmpadas que permitem que escolhamos quando florir, sem precisar mudar as plantas de lugar, o que facilita a logística e melhora o rendimento das plantas.
Além disso, várias outras mudanças estão sendo feitas, como melhorias na compostagem, preparação do solo para plantio direto na terra, preparação de ferementados e adubação no local, além de troca de fornecedores privilegiando os fornecedores locais. Está dando um orgulho enorme!
APEPI: Quais medidas são adotadas para garantir a qualidade dos óleos da APEPI mesmo com esse grande salto na produção?
Marcos: Na verdade, todas essas melhorias propiciam um crescimento maior e mais saudável das plantas, com foco no aumento da produtividade delas e dos canabinóides, impactando positivamente na qualidade e jamais o contrario. E vale lembrar que todos os nossos lotes são analisados pela Unicamp (para verificar os teores de canabinóides) e pelo Laboratório Dall (para constatar ausência de micotoxinas, solventes residuais, metais pesados, etc) para garantir a excelência e estar de acordo com as normas sanitárias, mesmo a Anvisa não fiscalizando.
APEPI: Quais são os benefícios que os novos associados terão ao ingressar na associação neste momento de reabertura?
Marcos: Além de aumentarmos as concentrações dos óleos de THC (Purple Wreck) e CBG, melhoramos a embalagem secundária e o gotejador de todos os nossos óleos. Nossos associados têm acesso à consultas médicas, às comunidades do Whatsapp onde há uma rica troca de informações, descontos nos cursos da APEPI Escola e , claro, aos óleos.
Somos obstinados por ampliar o acesso das pessoas que precisam do tratamento de Cannabis, aumentando a qualidade de vida de tantas pessoas que, hoje, nem sabem que a Cannabis pode ajudar ou que não têm acesso ao tratamento.
APEPI: Considerando o avanço das pesquisas em Cannabis medicinal, a APEPI planeja implementar novas variedades de plantas, produtos ou métodos de produção para ampliar seu serviço aos associados em um futuro próximo?
Marcos: Sim, nós estamos finalizando uma pomada principalmente para psoríase e para dores causadas por artrose, artrite, lombalgia e cervicobraquialgia, dor neuropática. Vamos lançar ainda nesse primeiro semestre um óleo de CBG e CBD juntos, estamos desenvolvendo um produto com CBN, além de vários outros projetos. Criamos um departamento de pesquisa para auxiliar nessa frente de inovação e estamos ampliando a parceria com diversas instituições de pesquisa sempre com o objetivo de melhorar a vida do associado. Por exemplo, para minha filha Sofia seria muito importante um spray nasal, pela rápida absorção. A gente espera que até o final desse ano consigamos desenvolver um, que pode ajudar a ela e a diversas outras pessoas.